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Crônicas de um Programador em um mundo de Desenvolvedores

   Vivemos em um mundo conectado, tudo é digital, tudo está na “rede”. O comportamento das pessoas está sendo moldado pela tecnologia, tem aplicativo pra tudo, pedir comida, ouvir música, ir ao banco, fazer compras, conversar, ou seja, praticamente todos os comportamentos do nosso dia a dia, que nos definem como “ser social”, têm uma versão online. Durante o período de isolamento social isso ficou ainda mais evidente.
   Este cenário despertou em mim um interesse antigo pela programação (que hoje é chamada de desenvolvimento de software), resolvi dedicar algum tempo por dia a pesquisar, estudar e me atualizar, percebi que (quase) não se faz mais programas para desktop, como antigamente. Quando eu tive contato com a programação, há mais de 25 anos, Clipper era uma linguagem moderna, praticamente não se falava em Orientação a Objeto, conceito que fui entender quando comecei a estudar Java. Hoje fala-se em boas práticas no desenvolvimento de software, codifica-se pensando não só no usuário final, mas muito em como outro desenvolvedor vai “entender” o código. Mas a lógica não muda, uma estrutura de repetição sempre vai ser uma estrutura de repetição, uma estrutura condicional sempre vai ser uma estrutura condicional, e isso permite que alguém como eu, que ficou afastado da programação, consiga se atualizar.
   Em dado momento percebi que tem app pra tudo, percebi que para algum negócio permanecer relevante não basta mais aparecer na rede social, como era quando me formei em Marketing Digital, no início de 2020. Hoje, para permanecer relevante, deve ter um App. Isso nos encaminha a uma nova crise que vem sendo anunciada, a escassez de profissionais de tecnologia. Vi uma oportunidade, decidi direcionar meu interesse em desenvolvimento de aplicativos para Mobile, e é aí que o desafio começa.
   Comecei definindo que iria desenvolver para Android, pois é a plataforma mais popular atualmente. Pensei que era o suficiente, escolher uma linguagem, estudar bastante e programar. Ledo engano, logo percebi que a parte difícil é a inovação, é preciso ter uma ideia, e ela precisa ser boa…